Se o surfe carioca tem alma, uma de suas encarnações mais marcantes atende pelo nome de Pedro Muller. O Águia, como ficou conhecido nas águas e nos bastidores, é símbolo de longevidade, coragem e paixão pelo esporte. E agora, sua trajetória encontra mais um ponto de conexão com a história da ASBT — onde ele segue sendo referência, inspiração e presença marcante.

Campeão Brasileiro em 1989, campeão Carioca em 1995 e o surfista mais velho a vencer uma etapa do circuito nacional em 2004, Pedro Muller sempre desafiou o tempo. Seu estilo clássico e leitura apurada das ondas o tornaram um ícone nas décadas de 80, 90 e 2000. Três gerações viram o Águia voar nas valas da Barra, quebrando paradigmas e escrevendo capítulos memoráveis do surfe brasileiro.

Mas sua contribuição vai além das competições. Pedro também atuou como presidente da ABRASP, ajudando a organizar e profissionalizar o esporte. Depois, como comentarista da WSL e mentor de novos talentos, passou a ser ponte entre o passado e o futuro.

ASBT & Pedro: raízes no mesmo pico

A Associação de Surf da Barra da Tijuca (ASBT) nasceu com o espírito de comunidade — um celeiro de talentos e um espaço de união entre gerações. Ter Pedro Muller como figura atuante e admirada reforça esse elo entre a história e o agora. Ele não só competiu em diversos eventos da ASBT como também ajudou a fortalecer o cenário local, abrindo caminho para novos nomes da região.

Pedro é mais do que um surfista da 1º geração da ASBT. É símbolo de que o surfe é para a vida inteira.

É memória viva e, ao mesmo tempo, semente para o que ainda vamos plantar.